Um dia desses, em uma pequena moradia de barro e madeira dos confins brasileiros. Raimundo Teixeira decidiu dormir cedo, mesmo ainda tendo castanhas para descascar. Uma chuva torrencial caía sobre a pequena casa que ele havia feito por conta própria, uma casa forte e resistente como seu pai consciência, estava cansado. Pensou ter ouvido um guinchar de motor mas devia ser o sono chegando. Ficou exausto do seu trabalho de sobrevivência, trabalho perpétuo que passou de seus pais, Michel e Maria, para ele. Suas pálpebras pesavam e ele sentia sua mente ganhando cada vez mais leveza. Mas então algo atrapalhou o seu sono. Da cama ele viu dois olhos amarelos o vigiando do lado de fora da janela. De início ele não se assustou, só podia ter se tornado um porre de sono delirando. Ele não tinha muitos vizinhos, muito menos amigos. Seu único companheiro era o próprio mato, que lhe fornecia alimento...